Dia 26 de abril (anteontem) estreou o filme Iron Man 3. Não, eu ainda não fui assistir ao filme e nem vou fazer propaganda dele aqui, e sim, sobre a polêmica ou o recalque das pessoas sobre a co-estrela do filme Gwynet Patrol .

Podem invejar Miss Potts
Roubando todas as atenções do lindo e charmoso Robert Downey  Jr, que chegou ao evento, é bom citar, acompanhado pela esposa (infelizmente) que usava um vestido vermelho em um conversível vermelho que foi habilmente estacionado por cima do tapete vermelho, abre o olho Cildo Meireles tem plagio na área.
Piadas à parte, o bafafá todo do evento ficou por conta de Miss Potts e seu vestido revelador.

Gwynet é sempre impecável em suas aparições, pelo menos tem sido ao longo do curto período em que a acompanho, é daí que surge a pergunta: por que Miss Potts um vestido tão ousado?

Como todos estão cansados de saber nenhuma celebridade sai por aí sem antes consultar seu personal stylist (Hello Rachel Zoe!) que seleciona as melhores combinações (roupa, make e acessórios) para as aparições públicas das celebridades. Dessa vez pisaram na bola.

Mas e daí que ela estava sem calcinha, e daí que a transparência era muita e mostrava quase tudo. Ela acabou de ser eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista americana People, e pode sambar na cara da sociedade. E o quê realmente importa pra esse diminuto blog é a procedência do vestido.

                    
Antonio Berardi
Antonio Berardi é o designer que assina o vestido de G. Patrol. Nunca tinha ouvido, lido ou visto nada do caboclo até ontem, então fui pesquisar. Ele apresenta suas coleções na London Fashion Week, já apresentou em Milão e Paris.

Berardi nasceu em 1968 na Inglaterra, descendente de pais Italianos demonstrou interesse por moda desde criança. Antes de conseguir se graduar pela Central Saint Martins College of Art and Design - ele foi rejeitado duas vezes até conseguir ser aceito em 1990 - foi assistente de John Galliano (metido) e trabalhou para o grupo Liberty, que financiou sua coleção de graduação que é também a sua primeira, foi lançada em 1994, contava com Kylie Minogue como modelo principal, pois é, também sapatos desenhados por Manolo Blanik e acessórios Philip Treacy. Em resumo ele é um metido que fez um desfile fabuloso para o seu TCC. Invejo.

As influencias de seu trabalho são a cultura e arte italiana, símbolos católicos, moda de rua e lingeries.  É conhecido por seus vestidos sensuais, marcantes e clássicos feitos com tecidos novos e técnicas de manufatura avançadas.

Encontrei peças de sua ultima coleção a venda no Net –a – porter. Um blazer, muito bonito por sinal, custa a bagatela de 1,700 doletas. 

O vestido de G. Patrol é da coleção outono/inverno 2013 essa daqui.
Sabe que eu achei coisas bem bonitas dele, e outras não. As peças deles  parecem minimalistas mas não se enganem, é só olhar de pertinho que você vê a quantidade de detalhes.  Textura, bordados e novas estruturas tudo junto e misturado. Fica bom em algumas peças, mas em outras ele pesa a mão e a coisasacaba ficando um pouco esquisita como . Veja o vídeo .


Assistindo ao desfile você descobre que o vestido que a G. Patrol usa, foi feito a partir de dois vestidos diferentes. Ou era um conjunto e as partes foram montadas de formas diferentes para G. Aposto na segunda alternativa. Mas já que parece um vestido mesmo...

O que eu achei do vestido:

O vestido é feio e não contribui em nada a beleza de G. Patrol, e acho que com a de ninguém. Ele a usa e não o contrário e isso é tão triste.
Uma coisa muito importante e que a maioria das pessoas esquecem:  você é quem usa a roupa e não o contrário. Roupas existem para ressaltar quem você realmente é. Todos deveriam pensar assim, seriamos muito mais felizes.

Assim como notei nas outras peças de Berardi, não em todas mas na maioria, o vestido tem referências demais e elas não trabalham bem juntas. 
  1. peplum
  2. p&b emagrecedor
  3. transparência.
  4. influências orientais ou japonismo
Tudo junto e misturado. 

  • O preto e branco: o ponto positivo é o corte  que realça ainda mais as curvas de qualquer corpo feminino e emagrece também. O que tem de errado ai são as proporções em que os cortes foram feitos. Em cima engorda embaixo emagrece.



  • O peplum: Ficou muito curtinho. Repara como ele divide a parte branca do vestido, ele fez com que o proposito do corte, que é modelar o corpo, perdesse a função. E associado a essas mangas largas e armadas ficou com cara de inchado.
  • A transparência: Devia ser mais estreita! Uma tirinha e já basta assim ficou parecendo a Chun Li. Outra coisa porque aquela costura no meio? Não entendi, será que a costura não podia ser feita na emenda dos tecidos? A lateral ficaria lisa sem aquela linha irritante no meio. Se você olhar bem parece que o tecido está se desfazendo, tá com aquela sensação de meia-fina pós-aula de balé. Nãaaaaaaaaooooooo.

  • Essa manga, confesso tenho um amor por mangas japonesas, mas essa é só uma manga feiosa que não casou com o resto do vestido, assim como peplum. E o uso desse tom de verde no peplum e na barra da manga faz parecer que eles eram parte de outro vestido e foram colocados ali sabe Deus o porque.
                                                     
Eu sei que ainda não tenho a experiência pra falar e julgar o trabalho dos outros.
Mas vou tentar explicar, com uma comparação estupida, o que eu sinto quando vejo um vestido desses: é o mesmo sentimento que um engenheiro ou arquiteto tem ao ver prédios mal projetados caindo por ai.
Eles sabem que se você não se atentar aos pequenos detalhes, a coisa pode virar uma grande m****.
E pelo currículo e experiência invejáveis do designer... Poxa moço! 


2 Comments

  1. Eu acho que já seria uma grande evolução sem as mangas. O peplum até acho que dá um charminho, mas ele brigou muito com as mangas definitivamente. E sim, aquela costura na lateral ficou meio estranha e também deveriam ter diminuído uns 3 cm na área da transparência.
    De qualquer forma ela tem um corpo que super dá pra ousar, mas não combina com a personalidade mais discreta dela.

    :)

    www.fermenina.com.br

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  2. Não é. Ela é muito chic e o vestido não caiu bem nela.

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